Este domingo celebra-se o Dia dos Namorados. A pretexto de celebrar a lenda de S. Valentim – bispo condenado à morte, por promover os casamentos contra as ordens do imperador que desejava guerreiros solteiros -, festeja-se o amor romântico… pelo menos supostamente.
Atualmente, o Dia dos Namorados é essencialmente um exercício de consumismo. Como todas as celebrações na nossa sociedade tornou-se uma oportunidade de comprar e vender. A verdadeira essência do romantismo foi, assim, banalizada. Mas, este ano, talvez urja celebrar a possibilidade de amar a dois e revitalizar essa essência.
A solidão é, ainda, mais evidente em tempos de COVID, tantos são os que perdem os que amam, tantos são os que se encontram apartados dos seus amores, tantos são que estão impedidos de os procurar. Por isso, quem está próximo da sua cara metade pode sentir-se grato e demonstrar essa gratidão. Mais que prendas compradas no supermercado ou na internet, são necessários gestos: a carícia, a flor do campo, o jantarinho caprichado, o poema inspirado, o filme partilhado, a videochamada cantada ou a torga num coração.